segunda-feira, 15 de agosto de 2011

protesto pessoal

Por quantas vezes, ingrata, me peguei desejando que quando eu olhasse para uma pedra eu enxergasse apenas uma pedra. Coisa dura, fria. Queria ser cabeça de dicionário, enxergar o que é e ponto, sem metáforas. Queria que meus pensamentos não tivessem asas e que as palavras que eu escrevo não fossem macias e doces, pois essa é a impressão que tenho e sou viciada. Teria até feito prece, mas não sabia a quem e não havia maneira cabível de fazê-la sem mostrar a ingratidão que me aflingia. Angustiada de ter outros pontos de vista, embora algumas vezes encontrasse pessoas que compactuassem com eles, a minoria. Vai saber quem é que me atribuiu tal coisa, tal coisa que não ouso falar. Então preferi desejar, pra ser mais branda, e fui tão branda que hoje quando vi uma pedra fiz poeminha. Bom, cumpro a cina… que seja então feita a sua vontade, sensível sensibilidade artística e poética. Guardo os olhos de borboleta, cor, vida e asas, para fazer pensamentos virarem palavras amigas. Faço poeminhas.

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