segunda-feira, 15 de agosto de 2011

tédio

Inevitável tédio que me cerca




Tristeza que me consome



De não ter feito e não ter dito



O contrário do que eu fiz e disse



Só hoje, devagarinho eu sei



O contrário das minhas ações passadas



Das palavras faladas



Das atitudes tomadas



Poderiam dar-me o presente



Uma vida inconsequente



Um presente diferente



Que nem as nuvens que cobrem o céu



Cinzas e pesadas



Não poderiam tirar-me



Nem se mãos tivessem,



Nem se hoje não fosse segunda,



A alegria do momento



Daquilo que poderia ter sido



Daquilo que hoje nunca pode ser



Tanto foi a falta do contrário



O medo do desconhecido



O pavor da não certeza



O medo do improvável



Agora vivo a lamentável



Culpa de mim.

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