segunda-feira, 15 de agosto de 2011

versinhos montillados n°1: o gato preto

O gato preto entrou no bar, não foi nenhum sinal de azar…




Se a intenção fosse de, as almas dos dependentes prejudicar,



os bêbados nem iam notar. Estavam pra lá de Bagdá!



Ele era magro, ninguém tinha notado, MAS…



MAS QUE PECADO!!!



Em frente ao balcão o gato preto parou e miou, o proprietário do bar nem olhou.



O gato preto só queria um torresmo que no prato do bêbado estava a esmo



mas de gato preto ninguém tem dó mesmo…



Enquanto o bebum entortava garrafas adentro, o gato preto estava ali sedento



Sedento por comida, pra manter sua sétima vida



O gato preto olhou pro bêbado e pensou



“meus deus, porque será que o torresmo ele não come?



porque ele não me dá? eu tô com fome!”



Ah que judiação, um gato preto levando uma vida de cão.



A fome é violenta, faz uma um homem se humilhar,



imagina um gato preto o que não faz para se alimentar



Então ele permaneceu quieto,



porque é malicioso e esperto.



Escolheu um canto, sem choro e sem pranto



Manteve com os olhos abertos



No final do expediente quase já nao tinha mais gente



Os bêbados tinham se retirado, mas o gato preto ainda estava ali parado



Esperando pra matar a fome no lixo,



revirá-lo sem nenhum capricho,



porque um gato preto com fome é apenas um bicho



Sem vaidade nem brilho, apenas estômago vazio



o torresmo do bêbado ele come



do lixo, sem luxo



o gato preto matou sua fome.

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